Moda (Livre-se)

Imaturidade está na moda;
Vem comigo ser alternativo;
Vem estar o que se sente;
Vamos cuspir nessa moda!

Não quero cuspir na tua moda;
Vem comigo estar alternativo;
Vem comigo ser o que se sente;
Sua moda é imaturidade!


Essa sua maquiagem
Deforma cada vez mais sua face,
Corrompe e você nem percebe
Que seu caminho é podridão.


Essa droga é sua maquiagem
Que te corrompeu aos poucos;
Deformou e você só se deu conta
Quando acordou na lixeira


E em meio ao lixo tu encontras,
Entre comida estragada e larvas,
O que ali estava a tua espera,
O que sobrou de seus amigos.


Pois, com certeza tu encontras
O que, de fato, já faz parte,
Alguém pra competir contigo:
O lixo dos mais desprezíveis.


Lá o rei é a mentira, e a falsidade é rainha;
Vivem enganando os pobres,
Enojam qualquer paz de espírito,
Vomitam nos que te querem bem.


E acorde desse pesadelo.
A lamina está nas suas mãos;
O corte dela é afiado...
Mas o seu sangue já não escorre.


Veneno é sua respiração.
Mesmo com a corda em seu pescoço,
Com o nó bem trabalhado,
Você é fraco até pra isso.


Dance com suas mentiras;
Vomite e nade no seu vomito;
Acenda seu cigarro e o coma;
Seu estomago está vazio.


Pegue seu caráter podre
E o tente desinfetar,
Pode usar água sanitária,
Mas sei que não vai adiantar.


Então encha com querosene,
Misture também gasolina;
acenda seu lindo cigarro,
E pule na sua piscina!


Mas voltará ao mesmo buraco.
E verás de novo seus amigos,
Tão lindos como a epidemia
Que matou famílias inocentes
E ri de toda a desgraça.


Imagina se esta moda pega;
O pior é que já está pegando:
A cada dia menos gente pensa,
Velhos e jovens se alienando.


Então desista dessa moda,
Ela vai acabar contigo;
Dê descarga nessa falsidade;
Vem ser comigo alternativo!
[R. Tavares - (Príncipe)]