Ela... Em julho!

Vi uma ponte e pensei que fosse o ouro do cais;
A ponte me fez pensar ser ela reluzente.
Ponte que me enganou... Levaria-me a mais!
Não sabia que daria o meu maior presente.

Hoje comigo está o presente com laço.
Temos o laço da amizade mais pura!
Ela já é parte de tudo que faço,
Ilumina comigo qualquer rua escura.

Às vezes ficamos perdidos... Até um encontro nosso;
Sua voz parece ser tudo o que ouvir preciso;
É um bem além de mim, que explicar não posso.
A energia que me traz provém de seu sorriso.

Resumir pode ser impossível, mas eu diria “simplicidade”.
Tanto me cativa em constante harmonia,
Que minha confiança, nela, tem aroma de liberdade,
E até nos momentos de dor exala alegria.

E quem fora está talvez nem possa imaginar
O edifício de paz que nós conquistamos...
Que nossa amizade conjuga o verbo “amar”:
Quão perto um do outro sabemos que estamos.

(* Para Meire, alguém em quem o efêmero inexiste.)
[R. Tavares]