Por tantas vezes estive perdido
Posso dizer que beirava à loucura;
Procurava uma saída...
E parecia ser em vão minha procura.
Sintetizando em simples palavras
Fiz meu cortejo ao sofrimento;
Morrer era minha satisfação
Eu me desfazia de tanto tormento.
Eu não compreendia como era assim
E minha mente era um labirinto;
Sem parar para um descanso,
Dizia: “tristeza é tudo que sinto!”
E como pode uma criança,
Sentir tamanha solidão;
Estar cercada de coisas fúteis;
E sentir na morte a libertação?
Eu rezei por várias noites,
Para dormir e não mais acordar;
Pedia a meu anjo um pouco de paz;
E que em sonho me viesse buscar.
Uma incessante depressão;
Palidez visível ao coração;
Acreditava querer dormir para sempre,
E acordava chorando em meu colchão.
[R.Tavares-(Príncipe)]
- R. Tavares
- São Paulo, SP, Brazil
- (...) porque não existe nada nesse mundo, por mais doce ou amargo, que não possa ser convertido em poesia. Num mar de infinitos significados filtrados para o sentir mais singular, cujas ondas são providas da força e grandeza das ventanias ou da calmaria dos mortos.(...) ... e a Arte nos direciona um sentido subjetivo para todas as coisas... e as sensações diferem em cada momento...